
Cláudia Teixeira Martinho. Nasceu no Porto, vive em Soajo. Artista, mãe e investigadora.
Desde 2000, desenvolve uma prática experimental e multidisciplinar, colaborando com diversos coletivos, projetos e lugares, tendo vivido em França, Inglaterra, EUA, Brasil e México. De regresso a Portugal, em 2018 muda-se para o meio rural serrano do Alto Minho, inicialmente no Campo do Gerês e agora em Soajo, onde integra projetos locais de base comunitária e regenerativa.
A sua prática artística baseia-se num processo de escuta imersiva e sintonização com os lugares, para tecer relações e criar ressonâncias entre as qualidades ambientais e as suas comunidades, humanas e não-humanas. Procura dar voz a realidades pouco perceptíveis ou em risco de extinção, ampliar potenciais de lugares, valorizar saberes ancestrais e matérias-primas locais, e criar experiências sensoriais, corpóreas, imersivas, animistas, participativas. Da sua prática resultam instalações, oficinas, passeios, performances, composições áudio e/ou visuais, para a sensibilização e reconexão da humanidade em pertença aos lugares onde vivemos, como parte integrante da rede de vida da Terra.
Apresentações e partilhas incluem: ‘(Re)pensar a Bouça – Cultura em Expansão’ (Porto, PT), ‘Sonoscopia’ (Porto, PT), ‘Sónar+D Lisboa’ (Lisboa, PT), ‘Reveil, Dawn Chorus Day, Soundcamp’ (www), ‘Acoustic Commons’ (www), ‘TSONAMI Festival de Arte Sonoro’ (www Valparaíso, CL), sounds now – sound art in public spaces’ November Music (Den Bosch, NL), maat – museu de arte, arquitectura e tecnologia (Lisboa, PT), gnration (Braga, PT), ‘Invisible Places: Sound, Urbanism and Sense of Place’ symposium (Azores, PT), ‘Lisboa Soa – Festival de Arte Sonora’ (Lisbon, PT), ‘Archaeoacoustics III International Conference’ (Tomar, PT), ‘Tuned City – between sound and space speculations’ (Berlin, DE).
Licenciada em Arquitectura pela FAUP, Porto, com Mestrado em Acústica Arquitectónica e Ambiental pela Sorbonne Université/IRCAM, Paris, e Doutoramento iniciado em Cultural Studies e terminado em Music – Sonic Arts pela Goldsmiths, University of London, practice-based PhD thesis Aural Architecture Practice: Creative Approaches Towards an Ecology of Affect. Co-editora da antologia ‘Site of Sound: of Architecture and the Ear – Vol. 2′, co-autora do livro: ‘Architecture3000, Geometry and Consciousness for Learning Places‘, co-curadora de evento 2009 Intime Collectif, Bienal de Arte no Espaço Público, Bordeaux.
Atualmente, enquanto membro da associação Moving Cause, colabora na direção artística do projeto de programação Ser Montanha, com actividades artísticas, educativas e ecológicas na Serra do Soajo.
Colaborações passadas incluem: ‘AUDIRE – Áudio Repositório: guardar memórias sonoras’, Universidade do Minho (investigadora, 2020-22), Rural Vivo! associação cultural (membro co-fundadora na direção de 2019-22), Cantadeiras de São João do Campo, Garranas – Cantadeiras da Serra, Maria João Ferreira, Listening With collective, Luís Alberto Bittencourt, Noemi Paymal, Pedagogia3000 / Education3000, Jonathan Uliel Saldanha, Filipe Silva, SOOPA Associação Cultural, Oficina ARARA, Srosh Ensemble, Drone Ensemble, Brandon LaBelle, Jean-Baptiste Bayle, VLF~UHF, La Quadrature du Net, PIF, Nicolas Hugoo, mésarchitectures / Didier Faustino, Mathieu Herbelin, Inês Moreira, Paulo Mendes, Emmanuel Hubaut, Acconci Studio, Storefront for Art and Architecture, entre outras.
Contacto: info(at)claudiamartinho.net